Engenheiros americanos identificaram uma nova ameaça “invisível” da China em equipamentos de tecnologia solar exportados para países do Ocidente.
Segundo os especialistas, foram descobertos dispositivos minúsculos de comunicação externa embutidos em componentes fabricados pelos chineses sem a devida notificação no momento da compra do equipamento.
Os inversores de energia são responsáveis por conectar painéis solares e turbinas eólicas à infraestrutura crítica de energia nos Estados Unidos e em países da Europa. Esses recursos também estão presentes em baterias, bombas de calor e carregadores de veículos elétricos exportados.
Fontes especializadas em segurança informaram à agencia de notícias Reuters que os inversores são comumente projetados para permitir acesso remoto para atualizações e manutenção, mas o governo instala firewalls – um sistema de segurança – para impedir qualquer comunicação direta com a China. Nesse caso, os dispositivos de comunicação encontrados estavam embutidos clandestinamente.
Segundo as mesmas fontes, algumas baterias de fornecedores chineses identificadas nos últimos meses também estavam manipuladas.
O uso de dispositivos remotos de comunicação pode contornar a ação dos firewalls e provocar o desligamento dos inversores ou a alteração de suas configurações. Com isso, a infraestrutura crítica de energia de países corre muitos riscos, segundo os especialistas.
“Isso significa efetivamente que existe uma maneira integrada de destruir fisicamente a rede elétrica de um país”, afirmou uma das fontes consultadas à Reuters.
Até o momento, não foi confirmado qualquer ataque a partir desses dispositivos. Contudo, segundo apontou a agência Reuters, o equipamento “secreto” levantou um alerta sobre a possibilidade de Pequim conseguir controlar discretamente o fornecimento de energia nesses países ou até mesmo destruir fisicamente as redes elétricas do Ocidente por meio dessa “ameaça invisível”.
A China domina o mercado de energia renovável, especialmente inversores de energia. Dados de 2022 mostram que a empresa chinesa Huawei é a maior fornecedora mundial de inversores, respondendo por 29% das remessas globais.
