O presidente americano, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (4) uma proclamação que restringe totalmente a entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos e parcialmente a entrada de cidadãos de outros sete.
Segundo o texto da medida, essas restrições levam em conta objetivos de política externa, segurança nacional e combate ao terrorismo dos Estados Unidos.
Os países com restrição total à entrada de cidadãos são Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.
Já os países com restrição parcial são Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.
Haverá exceções para cidadãos desses países, como para residentes permanentes legais nos Estados Unidos, pessoas com dupla nacionalidade que estiverem viajando com um passaporte emitido por um país não designado e atletas e membros de delegações de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de futebol.
“Esta abordagem foi elaborada para incentivar a cooperação com os países em questão, reconhecendo as circunstâncias únicas de cada país”, alegou Trump na proclamação.
“As restrições e limitações impostas por esta proclamação são necessárias para obter a cooperação de governos estrangeiros, fazer cumprir nossas leis de imigração e promover outros objetivos importantes de política externa, segurança nacional e combate ao terrorismo”, afirmou o presidente americano.
Uma fonte da Casa Branca disse à CNN que Trump já estava estudando a medida, mas decidiu acelerá-la depois de um ataque antissemita no último fim de semana no Colorado no qual um imigrante egípcio ilegal feriu oito pessoas que participavam de uma manifestação pró-Israel.
A proclamação determina que o Departamento de Estado deve apresentar dentro de 90 dias e a cada 180 dias depois disso um relatório de avaliação das negociações com esses países e com recomendações se as restrições devem ser mantidas, encerradas ou modificadas.
No seu primeiro mandato, Trump impôs uma proibição de entrada nos Estados Unidos de cidadãos de alguns países de maioria muçulmana, como Irã e Síria, que foi contestada na Justiça e substituída por outra ordem executiva após um mês e meio.