O Parlamento da Noruega rejeitou nesta quarta-feira (4) uma série de propostas apresentadas por partidos de esquerda para restringir os investimentos do Fundo de Pensões Global do Estado norueguês, considerado o maior fundo soberano do mundo, em empresas ligadas a Israel.
Segundo informações da agência EFE, as iniciativas foram defendidas pelo Partido Socialista de Esquerda (SV), liberais (Venstre), Partido Vermelho (Rodt) e Partido Verde (MDG). O objetivo era impedir que o fundo investisse em empresas que vendem armas para Israel, assim como em instituições israelenses, imóveis e infraestrutura localizados em território israelense ou em fundos cujo propósito principal fosse aplicar recursos no país do Oriente Médio.
Ao todo, 45 propostas foram levadas à votação e todas foram rejeitadas pelo Parlamento norueguês, segundo informações da agência NTB. A decisão representa uma derrota para setores progressistas e grupos ativistas que vinham pressionando por mudanças na política de investimentos do fundo.
A pressão para mudanças vinha crescendo nos últimos meses. Mais de cinquenta organizações, incluindo entidades como Save the Children e Anistia Internacional, enviaram uma carta ao ministro das Finanças da Noruega, Jens Stoltenberg (ex-chefe de Otan), pedindo que os investimentos do fundo estivessem alinhados com as “obrigações internacionais da Noruega”.