O diretor do FBI, Kash Patel, anunciou uma investigação contra dois pesquisadores chineses que teriam entrado nos Estados Unidos com um “fungo perigoso” contrabandeado.
Em comunicado no X, Patel informou na terça-feira (3) que um dos dois foi preso, sem deixar claro se o outro envolvido também tinha sido detido.
“Yunqing Jian é acusada de ter contrabandeado um fungo perigoso chamado ‘Fusarium graminearum’, um agente agroterrorista, para os EUA para pesquisar na Universidade de Michigan, onde trabalha”, detalhou o diretor do FBI.
Ele continuou: “Este fungo pode causar uma doença que afeta o trigo, a cevada, o milho e o arroz, causando problemas de saúde significativos tanto em humanos quanto em animais de criação. É responsável por bilhões de dólares em perdas econômicas em todo o mundo a cada ano”.
Além da pesquisadora, outro cidadão chinês, identificado como namorado de Jian, foi preso. Segundo as investigações federais, o homem, de 34 anos, supostamente trabalha em uma universidade chinesa onde realiza pesquisas sobre o mesmo patógeno.
Ao ser interrogado, ele alegou que seu objetivo era conduzir pesquisas sobre o fungo no laboratório da Universidade de Michigan, onde a namorada trabalha. Os investigadores apontaram ainda que os eletrônicos pertencentes à pesquisadora Jian contêm informações “que descrevem sua filiação e lealdade ao Partido Comunista Chinês”.
Patel afirmou que o caso “é um lembrete preocupante” de que o Partido Comunista Chinês continua enviando agentes e pesquisadores para se infiltrar nas instituições americanas com a finalidade de atingir a segurança nacional.
A Procuradoria-Geral do Distrito Leste de Michigan anunciou que os dois foram indiciados criminalmente por conspiração, contrabando de mercadorias para os Estados Unidos, declarações falsas e fraude de visto.
A investigação está sendo conduzida pelo FBI e pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP). O Departamento de Justiça acrescentou que as toxinas presente no fungo Fusarium graminearum causam vômitos, danos ao fígado e “defeitos reprodutivos em humanos e animais”.