Em mais um movimento para reorganizar a máquina pública e cortar gastos do Executivo federal, a gestão do presidente dos EUA, Donald Trump, deve visar agora os contratos federais firmados com grandes empresas de tecnologia.
A partir da gestão do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), liderado até poucas semanas atrás pelo empresário sul-africano Elon Musk, a administração Trump enviou na semana passada uma carta para dez provedores de tecnologia, incluindo grandes nomes como a Dell e a empresa de Tecnologia de Informação, CDW, pedindo esclarecimentos aos executivos das empresas sobre a espécie e extensão de cada um dos serviços fornecidos pelas big techs.
De acordo com a carta enviada pelo governo americano às companhias de tecnologia, que foi divulgada pelo jornal The Wall Street Journal (WSJ) neste domingo, os Estados Unidos gastam atualmente cerca de U$82 bilhões (cerca de R$ 472 bilhões) com fornecedores de serviços em tecnologia, que levaram ao “aumento dos custos para o contribuinte” anualmente. “Isso deve mudar”, afirma a carta.
O comunicado foi enviado por Josh Gruenbaum, comissário do Serviço de Aquisição Federal dos EUA. À reportagem do WSJ, Dell e CDW não se pronunciaram sobre o caso.
Doge
Nos 130 dias de Musk à frente do Doge, o departamento cortou US$ 175 bilhões em gastos do governo federal dos EUA, mas o empresário havia prometido que a economia chegaria a US$ 1 trilhão. Nesta sexta-feira, mesmo fora do governo, Musk disse que ainda espera que “com o tempo” essa meta seja alcançada.