Quais são as armas usadas pela Rússia em ataques na Ucrânia

Quais são as armas usadas pela Rússia em ataques na Ucrânia


O regime de Vladimir Putin lançou seu mais recente e poderoso ataque contra a Ucrânia nas horas finais de quinta-feira e início desta sexta-feira (4), pouco depois de ter declarado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não está disposto a encerrar a invasão iniciada em 2022.

Os serviços de segurança ucranianos informaram que Moscou lançou pelo menos uma dezenas de mísseis e mais de 500 drones, incluindo aparelhos não tripulados de ataque Shahed, de origem iraniana, no que foi considerado um recorde de bombardeios em uma mesmo episódio desde o início da guerra.

Kiev ressaltou que sua defesa aérea conseguiu neutralizar 478 dos drones e mísseis no ataque, que teve a capital como principal alvo, um número de impactos maior do que o usualmente registrado, visto que nesta semana os Estados Unidos suspenderam alguns envios de armas para a Ucrânia, incluindo mísseis de defesa aérea, após revisar seus gastos militares e o apoio americano a países estrangeiros.

Drones explosivos, mísseis de cruzeiro e balísticos, iscas: as armas usadas pela Rússia na Ucrânia

Nos últimos meses, a Rússia intensificou seus ataques com drones e mísseis em território ucraniano. Na última leva de bombardeios, os russos usaram um míssil hipersônico Kinzhal, seis balísticos Iskander-M, ou sua variante norte-coreana, KN-23, e quatro mísseis de cruzeiro, segundo informações da Força Aérea da Ucrânia.

O Kinzal, também conhecido como Punhal ou Adaga, é um míssil balístico de alta velocidade que foi usado pela primeira vez em 2022 durante a invasão na Ucrânia. Ele só pode ser interceptado até o momento com os mísseis Patriots, de fabricação americana.

A arma chega a um alcance 1.500 a 2.000 quilômetros e necessita de ser lançado por uma aeronave. O míssil russo pode carregar até 480 quilos e tem capacidade de transportar ogivas nucleares ou convencionais.

Míssil Iskander-M durante apresentação do foguete de cruzeiro 9M729, em Moscou. Crédito: EFE/ Sergei Chirikov/Arquivo (Foto: EFE/ Sergei Chirikov)

Kiev depende dos Patriots como única defesa contra certos tipos de mísseis balísticos russos que outras defesas fornecidas pela Europa ou internamente não conseguem interceptar.

Outro modelo de míssil usado pela Rússia é o Iskander-M, de curto alcance, que carrega uma “surpresa” desagradável: iscas para enganar sistemas de defesa, equipamento em forma de dardo com cerca de 30 centímetros, equipado com componentes eletrônicos que produzem sinais de rádio para interferir ou enganar radares inimigos que tentam localizar o Iskander-M. Essas iscas também contêm uma fonte de calor que atrai e destrói mísseis inimigos.

Segundo a inteligência americana, alimentado por um motor de foguete de combustível sólido, o Iskander-M pode atingir alvos a mais de 320 quilômetros de distância.

Ataques com drones explosivos

O regime de Putin também investiu nos três anos de guerra na produção industrial dos drones explosivos Shahed, de origem iraniana.

Sistema de mísseis táticos operacionais Iskander-M em exibição dinâmica de equipamentos militares no Fórum Técnico-Militar Internacional “Exército-2023”. Crédito:  EFE/EPA/YURI KOCHETKOV (Foto: EFE/EPA/YURI KOCHETKOV)

Com aproximadamente 3,6 metros de comprimento, os equipamentos de baixo custo carregam uma ogiva de cerca de 36 quilos, voam centenas de quilômetros e são lançados massivamente contra a Ucrânia de uma só vez.

A estratégia russa com o lançamento de enxames dos drones Shahed é permitir a entrada com certa facilidade de mísseis balísticos e de cruzeiro em território ucraniano.

Embora no início da guerra os equipamentos tenham sido enviados diretamente do Irã, especialistas militares descobriram que a própria Rússia passou a produzir os dispositivos internamente ao longo dos anos, que foram usados nos ataques massivos recentes.



Source link

About Author

gestor

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *