Paranaense escolhe próxima vítima e aponta adversário ideal para Aspinall

De luta confirmada no UFC 317, que acontece neste sábado (28), Jhonata Diniz já sabe exatamente qual nome vai pedir no microfone caso vença o estreante Alvin Hinez.
O paranaense está indo para sua quarta luta na organização e acredita que está na hora de entrar para o ranking dos pesos-pesados, já que com a aposentadoria de Jon Jones, as coisas tendem a se desenrolar mais rápido.
“Eu realmente acho que ele estava travando a categoria. Agora, com a saída dele, acho que as coisas vão fluir muito melhor, e espero logo, logo estar nas cabeças, incomodando o povo na parte de cima. O adversário que eu queria muito enfrentar é o Sergei Pavlovich, que eu acho que é o bicho papão da categoria, que todo mundo tem medo”, analisou ele, em entrevista ao UmDois Esportes.
Pavlovich é o terceiro colocado na divisão, mas já tem um confronto marcado para o final de agosto, quando enfrentará Waldo Cortes-Acosta. Jhonata, então, terá que analisar novamente o ranking da categoria para encontrar outro nome. Enquanto isso, seu foco é no lutador novato, que está invicto em sua carreira profissional no MMA.
“Meu adversário vem de sete vitórias seguidas, sendo três nocautes, três finalizações, uma por ponto. Ele é um atleta bem completo. A gente sabe do perigo que ele pode trazer para essa luta, mas a gente montou uma estratégia direcionada e tenho certeza que ele não pode trazer nada que vai me surpreender”, garantiu Diniz.
Derrota amarga

Confiante com seu próximo confronto, Jhonata vem de uma derrota por decisão médica, em novembro do ano passado. Marcin Tybura abriu o supercílio do paranaense no segundo round, e o sangramento abundante fez com que a luta fosse encerrada —apesar dos protestos do brasileiro.
“Foi muito frustrante, porque eu via que tinha condições de voltar para luta, mas foge do nosso controle. A probabilidade [de vencer] seria bem grande, fisicamente eu estava muito bem e vi que o meu adversário já estava esgotado, ele tinha dado tudo naquele final do segundo round, que ele conseguiu cortar meu supercílio”, relembrou o atleta.
Após a ida para o hospital, onde levou alguns pontos acima da sobrancelha e viu o tamanho do dano, Diniz acabou entendendo a decisão médica em cima do octógono e se concentrou em corrigir os erros que cometeu na luta.
“Realmente, estava bem feio. Entendi a decisão do médico depois, com a cabeça fria, tranquilo, vi a situação do corte. Mas eu, como atleta, acho que ainda tinha condições de continuar lutando. O pós-luta foi muito muito importante, vi onde estavam os principais pontos falhos, que precisei treinar um pouco mais na minha preparação”, refletiu.
Adversário ideal para Tom Aspinall

Após a aposentadoria de Jon Jones, Tom Aspinall foi “promovido” a campeão linear dos pesos-pesados e está ansioso para fazer sua primeira defesa legítima de cinturão.
Para Jhonata Diniz, que mira o topo da categoria, o adversário ideal e que pode até destronar o britânico é o brasileiro Jailton Malhadinho, quinto colocado.
“O único atleta que tem condição de ganhar dele hoje é o Malhadinho. É o único que tem um jogo de chão muito justo, compacto, a ponto de anular o jogo do Tom Aspinall e trazer essa vitória para o Brasil. Se você for ver, ali do top-5, os que o Tom Aspinall não lutou, fizeram apresentações medíocres, não acho que são merecedores de uma luta pelo cinturão. O Malhadinho é o nome a ser colocado agora na mesa para o cinturão”, cravou o paranaense.
Dentro do top-5, o único nome que Aspinall ainda não enfrentou foi Ciryl Gane —mas nem o próprio francês ficou satisfeito com sua performance na última luta e até se surpreendeu por ter vencido.