Justiça dos EUA volta a intimar ministro Alexandre de Moraes

Justiça dos EUA volta a intimar ministro Alexandre de Moraes


A Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, emitiu nesta segunda-feira (7) uma nova intimação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no processo movido pela Trump Media e pela plataforma de vídeos Rumble. As empresas, alinhadas ao presidente americano Donald Trump, acusam Moraes de censura e alegam que o ministro impõe ordens de remoção de conteúdos e perfis em redes sociais que afetam cidadãos e residentes nos EUA.

Nessa nova citação, a Justiça americana informa que Moraes tem 21 dias para apresentar uma resposta, contestação ou pedido de arquivamento do processo. O prazo somente passará a contar após a citação do ministro e, caso ele não apresente uma manifestação, a sentença será proferida à revelia.

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Liberdade de Expressão

A ação das empresas evoca em um ponto central para os americanos: a defesa da 1ª emenda da Constituição que determina que nenhuma lei será feita restringindo a liberdade de expressão ou de imprensa, ou o direito do povo de se reunir pacificamente e de pedir ao governo a reparação de seus agravos. Para os americanos, esses são direitos fundamentais para o fortalecimento da democracia e da sociedade.

As empresas alegam que as decisões de Alexandre de Moraes censuram exatamente esse discurso político legítimo, violando a Constituição americana. Entre as contas cuja censura foi determinada por Moraes está a do jornalista brasileiro Allan dos Santos.

A rede Rumble está suspensa no Brasil desde fevereiro deste ano. Com esta suspensão, a empresa alega que é obrigada a censurar também o conteúdo para os usuários nos Estados Unidos e não apenas no Brasil.

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Empresas pedem indenização

As duas empresas solicitam que a Justiça dos EUA declare as ordens de Moraes nulas ou inexequíveis. Pedem também a responsabilização do ministro pela violação da soberania americana, da liberdade de expressão e possível indenização.

Moraes decidiu pela suspensão do Rumble após a plataforma não remover perfis do jornalista Allan dos Santos. Também determinou bloqueio de repasses financeiros oriundos de publicidade e doações de apoiadores, na rede e destinados a ele. Também segundo o ministro, a rede não indicou ou comprovou ter um representante legal no Brasil.

A Gazeta do Povo procurou a assessoria do STF para saber se o ministro irá se manifestar sobre a nova intimação, mas não recebeu resposta até a publicação. O espaço permanece aberto para eventual manifestação.



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