Em vídeo divulgado nas redes, Zema ironiza campanha do PT
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi às redes sociais no último domingo (29), para ironizar a nova campanha do Partido dos Trabalhadores (PT), denominada taxação BBB — uma alusão ao reality show da TV Globo — para se referir a “bilionários, bancos e bets”.
A sigla, no entanto, no vídeo divulgado pelo político mineiro, virou BBB de “blá-blá-blá”. As imagens mostram a mesma balança da divulgação do vídeo do PT; do lado esquerdo, sacos com os dizeres de “imposto”, “Janja”, “roubo do INSS”, “corrupção” e “IOF” são carregados por trabalhadores. Enquanto do outro, uma barra de ouro escrito “governo” aparece ao lado dos que parecem ser Lula, Janja e Haddad criados por inteligência artificial.
A narração do vídeo é enfática: “O governo Lula diz que agora a balança é justa, que estão taxando os ricos. Mas a verdade é que, de um lado, Lula, Haddad, Janja, e, do outro, o povo sendo esmagado com as viagens milionárias de Janja, roubo do INSS, corrupção, IOF é o BBB. Mais um blá-blá-blá do governo Lula, sempre mentindo para você”.
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Governo apela por “taxação de ricos”
À medida em que o governo vem perdendo força no Congresso e apoio popular, campanhas apelativas para taxações vem crescendo. A “taxação BBB”, divulgada na última quinta (27), vem para defender o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
No vídeo divulgado pelo PT, a mensagem é clara: “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets. Novo IR é justiça histórica. Justiça de verdade”.
Além dessa peça de propaganda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgou sequência em quadrinhos em seus perfis nas redes sociais afirmando que seu governo tem objetivo de trazer o que chama de “justiça tributária” e não aumentar imposto.
“Muita gente está falando em imposto no Brasil nos últimos dias. É importante entender o que de fato está sendo proposto. O governo quer fazer mudanças tributárias combatendo privilégios e injustiças. É tornar o sistema mais justo. É simples: quem tem mais, paga – proporcionalmente – mais. Quem tem menos, paga menos”, diz a publicação.
O discurso da base governista que busca apelar pela taxação dos mais ricos, segundo uma pesquisa do Datafolha, tem apoio popular.
- 76% dos brasileiros apoiam cobrar mais IR de quem ganha acima de R$ 50 mil por mês
- 70% dos brasileiros apoiam a proposta de isenção para quem ganha até R$ 5 mil
Entre outras propostas da pasta econômica do governo, está a criação de uma cobrança para cerca de 141 mil pessoas que ganham mais de R$ 600 mil por ano, grupo que hoje paga, em média, menos de 10% de IR efetivo.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad tem defendido a agenda desde o início do governo. Ao comentar as medidas de arrecadação para cumprir o arcabouço fiscal, citou o aumento de taxação sobre fintechs, apostas online e fundos exclusivos como medidas que atingem “os moradores da cobertura”.
Outra busca por apoio popular vem através da divulgação, por parte da base governista, do projeto que prevê o fim da escala 6×1. O tema apresentado por Erika Hilton (PSOL-SP) foi abordado por Lula no evento do Dia do Trabalho mas ainda tem tímido apoio por parte do Planalto.
