Athleticoe Coritibase enfrentam pela primeira vez em três décadas na Série B e vivem o maior momento de equilíbrio nos últimos anos. O Atletiba 359 está marcado para a tarde deste sábado (28), às 18h30, na Arena da Baixada, pela 14ª rodada da Segunda Divisão.
Na história do confronto, o Coxa leva vantagem, com 137 vitórias contra 115 do Rubro-Negro, além de 106 empates.
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Athletico e Coritiba chegam ao clássico em alta na Série B
(Fotos: Icon Sport/Montagem: UmDois Esportes)
Os dois times chegam em momento de alta na Série B. O Coxa vem de vitória por 2 a 0 em casa sobre o Cuiabá, subiu para 24 pontos e pode terminar a rodada na liderança. Para isso, precisa vencer o rival e torcer por derrota do Goiás para a Chapecoense e tropeço do Novorizontino com o Amazonas.
Já o Rubro-Negro venceu como visitante o Avaí por 2 a 1 e encostou novamente no G4. O Furacão começou a rodada em sexto lugar, com 20 pontos, e pode terminar no grupo do acesso em caso de vitória sobre o Coxa. O CRB, um dos concorrentes, já perdeu para o América-MG.
O Rubro-Negro marcou 18 gols em 13 rodadas, sendo nove deles marcados pelo trio Renan Peixoto, Alan Kardec e Luiz Fernando. Já o Coxa foi vazado apenas seis vezes na segunda divisão, com destaque para o goleiro Pedro Morisco, que levou apenas um gol em seis jogos.
Atletiba da Série B simboliza equilíbrio e volta a esquentar rivalidade
Com os dois times na Segunda Divisão, o Atletiba deste sábado tende a ser marcado por muito equilíbrio. Carneiro Neto, colunista do UmDois Esportes, considera que o clássico está menor por conta dos rivais estarem na Série B, mas a expectativa ainda é positiva.
“O Atletiba tem uma tradição, evidentemente, e muita atração, mas ele é uma Atletiba menor, porque é uma Atletiba de Série B”, analisa
“As duas equipes estão tentando sobreviver e voltar à Série A. Mas é um longo caminho a ser percorrido. Há muita expectativa, a torcidas estão concentradas, mas ao mesmo tempo preocupadas com o que pode acontecer”, reforça.
Felipinho e Gómez prometem travar bom duelo no clássico. Foto: IconSport
“É um vigoroso equilíbrio. É um jogo que cheira empate, mas os dois estão lutando e estão tentando acertar, e nós temos que dar crédito. Apesar de todos os erros cometidos no passado recente, ambos com má gestão no futebol, estão lutando, tentando e procurando o caminho. Os técnicos são muito competentes”, completa Carneiro.
“É o grande jogo da competição. É um campeonato cercado de rivalidades, temos o RePa, três times em Goiás e Santa Catarina, mas o Atletiba é o principal porque são dois campeões brasileiros, enormes torcidas e que começaram com expectativa de acesso”, opinou.
Fim do abismo entre a dupla Atletiba?
Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico, e Bruno D’Ancona, dono da SAF do Coritiba. (Fotos: Athletico e reprodução)
O Atletiba deste sábado também representa a redução do abismo que marcou a história recente de Athletico e Coritiba. Furacão e Coxa viram a distância entre ambos ampliar consideravelmente nos últimos anos por conta dos bons resultados do clube da Baixada, aliados à má fase alviverde.
O cenário de disparidade ainda serviu para, relativamente, esfriar um pouco a relação entre os históricos rivais – retórica que foi reforçada, principalmente, pelo lado rubro-negro da força.
O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, chegou a desdenhar da relação com o Coxa.
“A nossa rivalidade é com Flamengo, Corinthians. A nossa rivalidade hoje é com Real Madrid, quer dizer, com River Plate, com o Boca Juniors. Rivalizar com o Coritiba? Como todo o respeito…”, declarou, em 2019, ao Bola da Vez, da ESPN.
Apesar de terem como principal objetivo ferir o orgulho do rival, as hiperbólicas palavras de Petraglia tinham, naquele momento, amparo dentro do gramado.
Enquanto o Rubro-Negro ganhou a Sul-Americana duas vezes, a Copa do Brasil de maneira inédita, virou giruinha carimbada na Libertadores e fez as maiores vendas de sua história, o Coxa oscilou com acessos e rebaixamentos no Campeonato Brasileiro.
Série B reduz disparidade financeira entre Athletico e Coritiba
A diferença em campo resultou no abismo também nas finanças. O Athletico teve superávit recorde de R$ 383,2 milhões em 2023, impulsionado pela venda histórica de Vitor Roque para o Barcelona. No mesmo ano, o Coxa também lucrou, mas em R$ 34,3 milhões, menos de 10% do valor do rival.
Vitor Roque na despedida da Ligga Arena jogando pelo Athletico. Foto: Átila Alberti/UmDois
Mas nesta temporada, a disparidade financeira caiu principalmente por conta do rebaixamento do Athletico para a segunda divisão.
De acordo com o jornalista Erich Beting, do Máquina do Esporte, o Atletiba na Série B é um “choque de realidade” para os rivais.
“O Coritiba ampliou o fôlego de investimentos ao se tornar uma SAF, mas a queda para a Série B reduziu a capacidade de investir mais. Já o Athletico se perdeu dentro de campo e foi obrigado a reduzir as despesas pela queda abrupta de arrecadação”, disse, em conversa com o UmDois Esportes.
“O Atletiba na Série B, se era impensável há dois anos, com um virando SAF e o outro sendo protagonista na Libertadores, agora é um choque de realidade que mostra a importância de, mais do que ter dinheiro, saber usá-lo. O futebol cobra gestão dentro e fora de campo. Furacão e Coxa resumem bem essa situação”, completa.
Provável escalação do Athletico para o Atletiba
Odair Hellmann comanda o Furacão. Foto: José Tramontin/Athletico
O Athletico faz mistério na escalação e pode repetir o esquema com três zagueiros utilizado na vitória sobre o Avaí. No entanto, o técnico Odair Hellmann treinou durante a semana com uma dupla de zaga e um jogador a mais no meio. Caso a mudança ocorra, Patrick entra no lugar de Lucas Belezi.
A principal ausência é Kevin Velasco. O atacante colombiano se recuperou de uma pancada no tornozelo, voltou aos treinamentos no CT do Caju, mas ainda não foi relacionado.
A provável escalação do Athletico tem Mycael; Kauã Moraes, Habraão, Léo e Lucas Esquivel; Felipinho, Patrick (Lucas Belezi) e Giuliano; João Cruz, Alan Kardec e Luiz Fernando.
Provável escalação do Coritiba para o Atletiba
Mozart lidera o Coxa em mais um Atletiba. Foto: IconSport
Do outro lado, o Coritiba pode repetir a escalação que venceu o Cuiabá na rodada passada.
O único desfalque é o lateral-direito Alex Silva, que sofreu uma entorse no joelho durante o jogo com o Atlético-GO e deve voltar em até 45 dias. Com isso, Zeca joga novamente na direita e Bruno Melo permanece no lado esquerdo da defesa.
O Coritiba deve começar o clássico com Pedro Morisco; Zeca, Maicon, Jacy e Bruno Melo; Filipe Machado, Sebastián Gómez e Josué Pesqueira; Iury Castilho, Dellatorre e Lucas Ronier.
Histórico do Atletiba
358 jogos
115 vitórias do Athletico
106 empates
137 vitórias do Coritiba
Fonte: Grupo Helênicos
FICHA TÉCNICA
Athletico x Coritiba Série B – 14ª rodada
Athletico: Mycael; Kauã Moraes, Habraão, Léo e Lucas Esquivel; Felipinho, Patrick (Lucas Belezi) e Giuliano; João Cruz, Alan Kardec e Luiz Fernando. Técnico: Odair Hellmann.
Coritiba: Pedro Morisco; Zeca, Maicon, Jacy e Bruno Melo; Filipe Machado, Sebastián Gómez e Josué Pesqueira; Iury Castilho, Dellatorre e Lucas Ronier. Técnico: Mozart.
🗓️ Data e horário: sábado, 28 de junho de 2025, às 16h. 📍 Local: Arena da Baixada, Curitiba (PR). 🔎 Árbitro: Raphael Claus (SP). 🚩 Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP) e Evandro de Lima (SP). 🖥️ VAR: Márcio Henrique de Gois (MG).
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