Guerra com Israel é um golpe fatal nos braços terroristas do Irã

Alguns dos braços terroristas financiados pelo Irã no Oriente Médio, como o Hamas e o Hezbollah, sofreram perdas inestimáveis em um ano e meio de guerras mantidas com Israel. O duro revés do regime de Ali Khamenei, desta vez dentro de casa, põe em xeque a sobrevivência desses grupos.
Com a maioria de seus túneis destruídos, sem comandantes e recursos básicos, o Hamas mantém uma guerra fadada ao fracasso com as Forças de Defesa israelenses (FDI) em Gaza.
Três fontes próximas ao grupo palestino disseram à agência Reuters nesta semana que os milicianos estão operando de forma autônoma sob ordens de resistir o máximo possível, mas não há certeza de qualquer controle sobre o terreno diante das operações contínuas de Israel.
Um oficial israelense estimou as perdas do Hamas em mais de 20 mil combatentes. Além das operações militares das FDI, Israel tem trabalhado em Gaza com clãs inimigas da milícia palestina, o que abre uma nova frente interna de enfraquecimento do grupo terrorista.
Poucos anos atrás, o Hezbollah mantinha uma poderosa influência – militar e política – no Líbano. Desde a derrota na guerra aberta com Israel, a milícia perdeu toda essa força vital. Após as inúmeras perdas militares, incluindo recursos humanos, o grupo xiita aceitou um cessar-fogo que se mantém há mais de seis meses.
Ainda assim, Israel mantém suas operações para derrubar até a última instalação militar escondida no Líbano. Na sexta-feira (27), o país lançou novos bombardeios contra diversas áreas no sul do território libanês, a terceira iniciativa desse tipo em uma semana, visando instalações militares e armazéns de armas pertencentes ao Hezbollah.
Com isso, Israel evita ou atrasa em anos um futuro rearmamento de um dos braços terroristas mais financiados por Teerã. No dia anterior, as Forças de Defesa de Israel afirmaram ter matado um dos responsáveis pelas forças de elite do Hezbollah e um membro de seu batalhão de observação em ataques separados contra as localidades de Beit Lif e Barachit, ambas na região meridional do Líbano.
Os Houthis, um grupo rebelde localizado no Iêmen, é o único que se manifestou desde os ataques americanos e israelenses contra o Irã dizendo que estão prontos para retomar os ataques no Mar Vermelho e contra o Estado de Israel, mas não há qualquer evidência que aponte para uma força capaz de fornecer apoio substancial ao Irã.
Todas essas perdas acumuladas apontam para o declínio do “Eixo da Resistência”, uma aliança informal mantida pelo Irã que prega a destruição do Estado de Israel.
Firas Maksad, diretor administrativo para o Oriente Médio e Norte da África do Eurasia Group, disse ao The New York Times que a estratégia de décadas de Teerã parece destruída em um ano e meio de conflito dentro de Gaza mas, principalmente, com o duro golpe lançado dentro de seu próprio terreno.
“O que estamos testemunhando agora na região nada mais é do que o colapso da estratégia de décadas do Irã e de sua capacidade de projetar influência”, afirmou o especialista.