Argentina julgará à revelia envolvidos no atentado à Amia

Argentina julgará à revelia envolvidos no atentado à Amia



A Justiça Federal da Argentina determinou nesta quinta-feira (26) que seja realizado um julgamento à revelia de dez cidadãos libaneses e iranianos, acusados ​de participação no atentado à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), o ataque terrorista mais mortal da história do país, ocorrido em 1994.

Segundo informações do jornal Clarín, a decisão foi do juiz federal Daniel Rafecas, titular do Tribunal Federal Criminal e Correcional nº 3 da Capital Federal.

O pedido de julgamento havia sido feito pelo Ministério Público Federal, à luz de uma nova lei sobre julgamentos à revelia aprovada pelo Congresso argentino este ano.

“Este é um crime que teve efeitos devastadores em território nacional, realizado por meio de um método classificado internacionalmente como ataque terrorista e o uso de um carro-bomba, que responde a um padrão de violência sistemática e organizada contra uma população civil identificável, neste caso, a comunidade judaica argentina”, alegou o Ministério Público Federal no pedido.

Rafecas alegou no despacho que os réus “têm plena consciência de que são procurados e nunca responderam a pedidos de extradição”.

A decisão de hoje determina o julgamento de:

  • Ali Fallahijan (ministro da Inteligência do Irã à época do atentado)
  • Ali Akbar Velayati (ministro das Relações Exteriores do Irã em 1994)
  • Mohsen Rezai (ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã)
  • Ahmad Vahidi (ex-ministro da Defesa do Irã)
  • Hadi Soleimanpour (ex-embaixador do Irã na Argentina)
  • Mohsen Rabbani (ex-adido cultural da embaixada iraniana)
  • Ahmad Reza Asghari (ex-terceiro secretário da embaixada)
  • Salman Raouf Salman (chefe de operações do grupo terrorista libanês Hezbollah)
  • Abdallah Salman (irmão de Salman Raouf)
  • Hussein Mounir Mouzannar (empresário libanês)

Em abril do ano passado, a Sala II do Tribunal Federal de Cassação Criminal atribuiu ao Irã a responsabilidade pelo atentado à Amia, que matou 85 pessoas em 1994, bem como por outro ataque terrorista ocorrido dois anos antes na Embaixada de Israel em Buenos Aires, que havia deixado 29 mortos.

O presidente da corte, juiz Carlos Mahiques, disse que os dois ataques foram uma decisão política e estratégica do regime iraniano e foram executados pelo Hezbollah, “que agiu sob a inspiração, organização, planejamento e financiamento de organizações estatais e paraestatais subordinadas ao governo dos aiatolás”.



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