O Papa Leão XIV explicou pela primeira vez, neste sábado (10), que a razão da escolha de seu nome papal vem para seguir o legado Papa Leão XIII, que “enfrentou a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial”.
“Justamente por me sentir chamado a seguir nessa linha, pensei em adotar o nome de Leão XIV. São várias as razões, mas a principal é porque o Papa Leão XIII, com a histórica encíclica Rerum novarum, abordou a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial; e, hoje, a Igreja oferece a todos a riqueza de sua doutrina social para responder a outra revolução industrial e aos desenvolvimentos da inteligência artificial, que trazem novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho”, disse.
A declaração foi feita em sua primeira reunião com todos os cardeais, onde comentou também que a decisão da alcunha de Leão XIV reflete um “caminho de verdade, justiça, paz e fraternidade”.
O novo líder da Igreja Católica aproveitou a oportunidade para destacar o “estilo de plena dedicação ao serviço e sóbria essencialidade na vida” de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco.
“Neste momento, ao mesmo tempo triste e alegre, providencialmente envolto pela luz da Páscoa, gostaria que olhássemos juntos para a partida do saudoso Papa Francisco e para o conclave como um acontecimento pascal, uma etapa do longo êxodo através do qual o Senhor continua a guiar-nos em direção à plenitude da vida”, disse.
O novo pontífice afirmou que irá assumir o legado de seu antecessor. “Vamos assumir este precioso legado e retomemos o nosso caminho, animados pela mesma esperança que vem da fé”.
O Papa Leão XIV aproveitou a oportunidade para agradecer os cardeais pelos trabalhos prestados entre o falecimento de Francisco e a realização do conclave. Cardeais específicos como camerlengo Kevin Joseph Farrell e o decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, foram citados com pedido de aplauso em seguida.
“Queridos Cardeais, vós sois os colaboradores mais próximos do Papa, e isto é de grande conforto para mim, que aceitei um fardo claramente muito superior às minhas forças, assim como o seria para qualquer outra pessoa. A vossa presença recorda-me que o Senhor, tendo-me confiado esta missão, não me deixa sozinho a carregar tal responsabilidade”, conluiu.