No próximo sábado (26), Carlos Prates fará sua segunda luta principal desde que chegou ao UFC no ano passado. O brasileiro vai enfrentar Ian Machado Garry, que acredita ter uma vantagem sobre ele.
O irlandês, que é casado com uma brasileira e conhece muito bem o país, afirmou ser mais rápido que Prates no octógono e garantiu que pode se adaptar ao estilo de luta dele —algo que foi ironizado pelo atleta da Fighting Nerds.
“Não sei o que ele tá falando sobre velocidade, porque a gente não vai correr, não é maratona. Todo mundo fala a mesma coisa, mas na hora que sente o peso da mão do Carlos Prates batendo, já começa a pensar diferente. A hora que eu começar a machucar ele, ele vai ver que o buraco que ele se enfiou é mais embaixo”, avisou Carlos, em entrevista ao UmDois Esportes.
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Prates é um dos quatro atletas da Fightin Nerds que vem ganhando holofotes dentro do Ultimate —tanto que já está indo para seu segundo main event. Desde que estreou, em janeiro de 2024, ele teve quatro lutas e venceu todas por nocaute, no primeiro ou segundo round.
Garry, por sua vez, está na organização há mais tempo e esta será sua primeira luta principal; ele tem nove lutas e oito vitórias no UFC e acredita que pode nocautear o brasileiro, mesmo que sua última vitória por nocaute tenha sido há dois anos. Mas Carlos duvida muito dessa possibilidade.
“Ele não vai vir para me nocautear, não vai trocar em pé. Ele vai tentar fazer um jogo chato, uma luta chata. É a arma que ele tem. Acho muito difícil ele conseguir me nocautear. Lógico que luta é luta, ele pode mandar algum golpe doido, mas a gente sabe que é muito difícil ele me nocautear”, analisou o paulista.
Carlos Prates descarta rivalidade brasileira
Uma coisa que tem vendido bem a luta é o fato de Ian Garry Machado se considerar brasileiro, já que é casado com uma e faz parte da equipe Chute Boxe, de Charles Oliveira e Diego Lima, que estará em seu corner sábado.
A Chute Boxe e a Fighting Nerds, inclusive, são duas das melhores academias de luta no Brasil e já ganharam bastante reconhecimento no mundo inteiro. O embate, sem dúvidas, será emocionante para os brasileiros.
“Acho isso legal, necessário para o MMA. Talvez esteja começando a criar uma rivalidade, acho que ainda não tem, mas acho super válido [se começar a ter rivalidade]. Isso é fruto de muito trabalho, muito suor, muito sangue e muita lágrima”, disse Prates.
Para o irlandês, a torcida brasileira pode estar dividida —algo que fez Carlos até dar risada. Em sua visão, essa é só uma estratégia para atingir parte de uma torcida que o irlandês sabe que faz muito barulho.
“Uma besteira isso aí. Só porque casou com uma brasileira, tá falando que é brasileiro? Talvez ele queira pegar um público do Brasil, tem aí uma meia dúzia de de gato pingado torcendo pro cara, dividido porque são dois brasileiros. Pô, dois brasileiros porra nenhuma! Brasileiro sou eu”, disparou.
O evento acontecerá na cidade de Kansas, onde a torcida será majoritariamente norte-americana, o que faz a torcida brasileira não importar muito na hora da luta. O brasileiro acredita que o público estará dividido, mas pode ganhar a simpatia da maioria por seu estilo de luta ser mais explosivo.
“Não sei como é o público americano, acredito que vai estar dividido, ou talvez um pouco mais para mim. Eu venho trazendo lutas melhores, mais entretenimento, nocauteando pessoas. É disso que a galera gosta”, analisou.
Além de achar o estilo de luta de Ian bastante chato, Prates também afirmou que o irlandês é péssimo no trash talk, tanto que mal tem respondido as provocações direcionadas a ele. E em sua visão, esse é o motivo de Garry nunca ter feito um main event antes.
“Pra ver o quão chato ele é, fazendo aquele trash talk sem graça. Ele está há quatro anos no UFC, ganhou só um bônus. Estou há um ano, quatro nocautes, quatro bônus. A gente vê a diferença de nível, que me faz sentir confortável em não vir na internet ficar falando merda. Quando a jaula fechar, não vai ter mais tempo para falar”, disse ele.
