O Coritiba tem um novo CEO para administrar o dia a dia do clube, o empresário Lucas de Paula. Com larga experiência com negócios no esporte, o profissional se junta ao comando executivo da SAF coxa-branca em uma parceria entre a OutField e a Treecorp Investimentos na gestão do Alviverde.
Com formação em Marketing pela ESPM, De Paula tem especializações na Fundação Instituto de Administração e em Berkely, na Universidade da Califórnia. Ele fundou a OutField em 2016, junto com Pedro Oliveira, como uma empresa de consultoria de investimentos no esporte. Aos poucos, a empresa foi evoluindo e entrou em novas áreas de atuação.
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Atualmente, a OutField trabalha como uma gestora de investimentos no esporte e tem focado no mercado das SAFs.
O CEO do Coxa já trabalhou com clubes como Maringá, Goiás, Ferroviária, Flamengo, Atlético-MG e Bragantino. Além disso, o profissional também atuou ao lado de empresas ligadas ao ramo esportivo, principalmente na área de soluções e estratégias.
A empresa de De Paula vê um potencial no mercado de SAFs brasileiro, que ainda está em estágio inicial. Em uma entrevista de 2024, o empresário falou sobre o mercado esportivo promissor do país.
“A gente entendeu que a indústria esportiva está muito aquém do que ela pode ser e do que ela vai ser porque ela já se transformou em outros mercados. No Brasil temos apenas seis Multi-club Ownerships [grupos que detém a SAF de vários clubes no mundo, como a Eagle, de Jhon Textor]. Então é evidente que vamos ter uma transformação com fusões nos próximos anos e é uma baita oportunidade”, disse Lucas de Paula, em entrevista ao podcast Market Makers, em maio de 2024.
Com perfil discreto nas redes sociais, Lucas de Paula faz participações esporádicas neste podcast, onde fala mais sobre o mercado do esporte atual. O UmDois Esportes solicitou uma entrevista com o novo CEO, mas ainda não conseguiu um retorno positivo.
CEO do Coritiba vê performance esportiva como carro chefe de SAFs
Lucas de Paula vê potencial nas SAFs por conta da administração no médio e longo prazo, diferente do modelo associativo, que as gestões duram na maioria dos casos três anos. Esse fator, segundo ele, dificulta o desenvolvimento econômico dos clubes.
“A gente é super defensor da SAF e nem sempre toda a SAF vai ser vencedora. Só que a média do modelo de gestão de empresas privatizadas ao longo do tempo é melhor. E a genteé defensor basicamente porque o alinhamento de objetivo e foco é diferente porque não é uma gestão a curto prazo. A média das SAFs no médio prazo tende a qualificar muito asituação financeira da indústria”, afirmou o empresário ao podcast, na época.
Na entrevista, o empresário cita o Coritiba como um dos clubes que precisou da SAF para conseguir se sustentar no futebol.
“Você tem ativos que demandavam uma mudança de rota, como Vasco, Cruzeiro e até mesmo o Coritiba. Clubes que tinham potencial de audiência muito grande, mas a gestão centenária dos clubes levaram eles a uma condinção financeira muito complicada que a própria gestão não conseguiria transfaromálo sem ser com inserção de capital externo. Então a venda era quase que o único caminho”, opinou.
“E você vai ter clubes que não precisam dessa mudança, como o Athletico e o Fortaleza, que não são clubes desesperados, mas podem ter a venda para transformar e colocá-los em outro patamar”, emendou o profissional.
Mesmo assim, De Paula reconhece a importância do desempenho dentro de campo para que uma SAF consiga evoluir e ter sucesso tanto na área administrativa como na esportiva.
“O futebol é o produto no final do dia. A performance esportiva não é só a manutenção na Série A, claro, ela é importante porque está ligada à principal receita, que é a televisão, mas ganhar campeonatos também tem receitas importantes. E o futebol é o core business do negócio. A gente fala muito da parte financeira, mas tem que ter time competitivo”, completou.
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